As minhas emoções

As minhas emoções

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011




E, foi naquela tarde calma e amena que saiu levando na bagagem as saudades em turbilhão que teimavam em confundir-lhe as ideias. De nada valeu tentar abstrair-se: elas sempre fiéis nunca a abandonaram: nem mesmo as crianças que brincavam no parque lhe destronaram o pensamento. Vagueou o olhar pela ramaria das árvores frondosas que ladeavam a avenida, eram plátanos enormes, alguns talvez já centenários com histórias digitadas na casca, algumas até gravadas na própria: dizeres de quem estava a sofrer de amor, corações com a seta do cupido...datas que só o próprio autor das mesmas saberá o que simbolizam.

O vento que sacudia de mansinho os ramos, de quando em vez vinha acariciar-lhe o rosto e agitar-lhe os cabelos...sacudiu a cabeça, para lançar as ideias para longe; somente a cabeleira farta se movimentou... as saudades, essas, continuavam ali, vorazes, firmes, sempre fiéis...


1 comentário:

laranjinha disse...

Sou a autora do texto:
laranjinha